domingo, 21 de agosto de 2011

Edgar Morin, Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro

A EaD

A Educação a Distância no Brasil e no Mundo


A sigla EaD significa Educação a Distância. Por isso, devemos falar a EaD, não o EaD. Quem utiliza a expressão no masculino tem provavelmente em mente Ensino a Distância, expressão mais pobre do que Educação a Distância, já que o ensino é apenas um dos componentes da educação, concebida como um processo de ensino e aprendizagem.
A EaD é uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação.

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O sucesso do ensino a distância depende da criação, por parte da instituição e do instrutor, de oportunidades adequadas para o diálogo entre professor e aluno, bem como de materiais didáticos adequadamente estruturados. Com freqüência isto implicará tomar medidas para reduzir a distância transacional através do aumento do diálogo com o uso de teleconferência e do desenvolvimento de material impresso de apoio bem estruturado. Moore (1993)

PEDAGOGIAS PARA A EAD

Podem-se dividir as pedagogias que fundamentam a EaD em três grandes grupos: behaviorismo-cognitivismo, socioconstrutivismo e, mais recentemente, conectivismo.
@ behaviorismo-cognitivismo;

@ socioconstrutivismo;

@ A pedagogia conectivista.

Diversas atividades são realizadas em EaD, que podem ser divididas em síncronas e assíncronas. Isto significa as interações podem acontecer entre as pessoas conectados ao mesmo tempo, em tempo real, (síncronas) assim como em discussões como o fórum, atividades, questões e webquest.
A EaD começa com os cursos por correspondências, no início do século XIX.
O desenvolvimento de novas mídias e das universidades abertas, a partir da década de 1970, causa uma revolução na história da EaD.
A partir da década de 1990, o desenvolvimento da Internet causa outra revolução na EaD, com o surgimento da EaD on-line, que predomina até hoje.
 É possível prever várias tendências para o futuro da EaD, como a organização de ambientes pessoais de aprendizagem e o uso de mundos virtuais 3D, games, dispositivos móveis, realidade aumentada e recursos educacionais abertos.
A partir da LDB (1996), a EaD entra oficialmente no palco da Educação brasileira.  De lá para cá, merecem destaque: seu crescimento no Ensino Superior, o desenvolvimento dos Referenciais de Qualidade (2003 e 2007), a criação da UAB (2005) e do e-Tec (2007), além da continuidade da utilização da EaD em cursos livres, profissionalizantes e no universo corporativo.
A Educação a Distância é utilizada em diversos setores e níveis, desde a educação básica até a pós-graduação, em cursos livres e corporativos, pelo governo e por empresas privadas, e assim por diante.
A EaD desenvolveu-se acentuadamente no ambiente corporativo, por exemplo com as universidades corporativas, e como instrumento de treinamento de órgãos governamentais.
Há muitos outros atores na EaD além de professores e alunos, como fornecedores e desenvolvedores de ferramentas, ambientes de aprendizagem, suporte, designers instrucionais, coordenadores e outros.






 
Breve contextualização que abarcam os estudos de alguns autores referindo-se a EaD.

Na sociedade contemporânea, inúmeros são os contextos nos quais a Educação a Distância se apresenta e também são muitos os autores que defendem essa modalidade:
• Preti (1996) afirma que a EaD não deve ser simplesmente confundida com o instrumental ou TUTORIA EM EAD.Com as tecnologias a que recorre, mas deve ser compreendida como uma prática de se fazer Educação.
• Belloni (1999) diz que a EaD aparece na sociedade contemporânea como uma modalidade de Educação adequada e desejável para atender às demandas educacionais oriundas da nova ordem econômica mundial.
• Lobo Neto (2001) defende que a EaD deve ser entendida no contexto mais amplo da Educação e constituir-se em um objeto de reflexão crítica, capaz de fundamentá-la.
• Pretto (2003) acredita que o desafio da EaD é o mesmo desafio da Educação como um todo e sua discussão precisa estar inserida nas discussões teóricas da Educação, bem como das políticas públicas.
• Alonso (2005) afirma que a EaD não é algo isolado da Educação em geral, pois liga-se à ideia de democratização e facilitação do acesso à escola e não à ideia de suplência ao ensino regular, tampouco à implantação de sistemas provisórios.
Os argumentos utilizados pelos autores se aproximam, pois defendem a EaD como uma modalidade importante e necessária para a democratização da educação.
Belloni (2002) acredita que, para entender o conceito e a prática da EaD, é preciso refletir sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na Educação, e é a partir dessas novas fronteiras que apresentamos a EaD como um fenômeno que faz parte de um processo de inovação educacional mais amplo, o qual integra as novas TICs nos processos educacionais.
Com base nos estudos da autora, propomos a trajetória de desenvolvimento da EaD demarcada por três grandes tendências, considerando a perspectiva do uso de inovações tecnológicas:
• primeira, caracterizada pelo ensino por correspondência – Essa etapa tem seu início no final do século XIX em razão do desenvolvimento da imprensa, dentro da área da comunicação, e das estradas de ferro, na área de transporte. Nessa primeira geração, observa-se grande flexibilidade entre as dimensões de espaço e tempo bem como uma maior autonomia do estudante, manifesto na escolha do lugar para realizar seus estudos e pela separação, quase absoluta, do professor.
• segunda, relaciona-se ao ensino por multimeios – Nesse caso, os meios de difusão são os impressos, os programas de vídeo e áudio com uso de antena e, mais tarde, os computadores, estes, porém, de maneira limitada. Essa tendência desenvolve-se na década de 1960, desdobrando-se na década de 1980, e é, ainda hoje, o modelo predominante na maioria das experiências de EaD.
• terceira, dissemina-se com o uso de TICs – Surge nos anos 90 e caracteriza-se por associar as tecnologias digitais aos meios anteriores. A televisão, as redes telemáticas e os produtos multimídias ilustram algumas das TICs decorrentes do mundo globalizado, que passam a ser incorporadas à Educação, inaugurando novas formas de aprender (GUIMARÃES, 2007).
Fonte: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretoria de Tecnologia Educacional.
Acesso em: 05/08/2011. www.diadia.pr.gov.br/ead




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Interação entre os Pares Educativos

Quando o assunto é educar, eu acredito que a interação é um dos fatores essenciais, e em se tratando do Ensino Virtual, a interação se torna ainda mais importante para o sucesso do processo de ensino aprendizagem.
Em minha opinião, interagir, seja com o Tutor (professor), seja com os colegas ou alunos; não significa apenas responder às postagens realizadas. Nesse processo de interação o mais importante é responder as atividades e dúvidas de forma reflexiva, articulada, à discussão em pauta.
É imprescindível que o aluno obtenha uma resposta coesa, convincente, alinhada com conhecimentos de acordo com o assunto ou dúvida em questão.
As respostas não devem ser monossilábicas, Deve ter muito cuidado ao redigir os textos (respostas), evitar os erros ortográficos e de concordância no momento de digitação.
É de suma importância que o professor Tutor propicie momentos permanentes de diálogo, sabendo ouvir e sempre estabelecer um contato profissional, porém com afetividade e respeito às individualidades de cada aluno, “vendo” que por trás daquela “tela de computador”-hardware há um ser humano pensante dotado de valores, capaz! dotado de habilidades e competências ,  que precisa ter suas particularidades respeitadas sentir-se seguro bem como confiante diante da interação que se estabelece entre o professor e aluno, afim de que o educando possa buscar melhorias na qualidade de vida, de participação de tomada de consciência e de elaboração dos próprios projetos.
Segue abaixo mais informações que um Professor Tutor deve procurar seguir a fim de estabelecer uma interação de qualidade e harmoniosa com o seu aluno.

Principais atividades desenvolvidas pelo professor-tutor à distância:


● Interagir com alunos, professores-tutores presenciais e professores a distância por mensagens relacionadas aos processos, tais como descrições sobre a ordem das atividades, pedidos de envio de tarefas realizadas, orientações quando alunos se mostram confusos a respeito dos próximos passos e indicações sobre como a turma deve se organizar, dentre outros.

● Propiciar dicas técnicas tais como orientações sobre o uso de softwares, hardwares, como enviar arquivos anexos, formatação de textos ou imagens e acesso a sites, dentre outros.

●Orientar quanto ao comportamento esperado dos alunos, informando sobre código de conduta, diretrizes contra plágios, palavreado indevido e regras de boa convivência nas relações mediadas pela internet ou e-mails.

●Esclarecer dúvidas, questionamentos, sugestões e observações dadas por alunos e professores-tutores presenciais sobre atividades ou materiais didáticos disponibilizados.

●Emitir mensagens escritas com clareza, que remetam às questões enfocadas, gramaticalmente corretas, objetivas, mas não monossilábicas.

● Usar exemplos para estimular a discussão, sem tornar o ambiente virtual de aprendizagem num consultório de terapia, mas capaz de humanizar as relações.

● Ser amigável, educado, profissional e atencioso nas interações.

● Dialogar com uma variedade de alunos e não se concentrar em apenas um grupo ou indivíduo.

● Elaborar novidades a partir da participação dos alunos e acrescentar outros estímulos à discussão sempre que possível.

● Manter a turma focada nos objetivos de aprendizagem propostos, sem abrir mão da empatia.

 ●Acompanhar alunos para que não se ausentem do espaço virtual por mais de uma semana. 

 ●Emitir comentários específicos, detalhados e construtivos a respeito de atividades entregues por alunos, que orientem quanto a possíveis melhoras tanto no presente quanto em futuros trabalhos.

 ●Conhecer detalhadamente os materiais, as teleaulas, as atividades, os procedimentos didáticos e os recursos tecnológicos da disciplina ou módulo.

● Auxiliar os professores a distância na realização de trabalhos, na seleção e organização de materiais de apoio que dêem sustentação teórica qualificada para o desenvolvimento do curso.

● Estudar previamente o material didático relacionado às respectivas teleaulas.

No próximo texto irei discorrer um breve resumo sobre minha primeira aula no curso a Distância com ensino de Metodologia e Gestão em EaD

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tipos de Feedback

O Feedback é uma “conduta” essencial no processo ensino – aprendizagem.
Dependendo da relação/ interação em que se estabelece entre os pares educativos - professor/ aluno, torna-se um ambiente agradável, confiante e cria-se um comportamento de interação harmoniosa e produtiva.
            A informação postada no feedback interage com o conhecimento prévio e promovendo assim a aprendizagem.
            Há algumas classificações de feedback na Ead : Feedback informal , Feedback formal,  Feedback direto e Feedback  indireto .
            O Feedback informal na EaD  normalmente é utilizada a comunicação por e-mail, fórum ou Chat, quando o professor/tutor dá uma resposta na discussão para estimular a participação ou corrigir o rumo.
            Já o Feedback formal é encontrado nas respostas aos exercícios de fixação, na avaliação final, nos medidores de desempenho.
            Feedback Direto é aquele em  que a comunicação ocorre direcionada diretamente ao aluno ou ao grupo
Já o Feedback Indireto: Não menciona nomes nem tarefas específicas é uma comunicação mais abrangente.
Segundo o autor Shute (2008, p.153), é mais interessante que o tutor opte por uma visão de feedback formativo.           
Um feedback formativo adequado, segundo a autora, é aquele que pode modificar significativamente os resultados do aprendiz e, para tanto, ele deve ser enviado de forma correta e fatores como tempo, quantidade de informação e, sobretudo, linguagem utilizada, são cruciais para podermos definir o que significa "de forma correta".
Quando o professor Tutor interage diretamente ao seu aluno, o educando  se sente mais seguro, e principalmente, confiante de que não está sozinho no processo de ensino –aprendizagem.